Não tinha nada a oferecer a não ser a garupa da sua moto, um gole da
sua cerveja e um trago no seu cigarro. Nada além de abraços apertados em
noites frias, sexo intenso e piadas bobas sobre
qualquer coisa que fizesse rir. Não tinha nada além da sua sinceridade,
das suas cicatrizes e da sua dor. Não podia dar muito mais que um
punhado de força bruta, alguns olhares amedrontadores e um tanto
infinito de amor.
Era, por essência, um homem de poucos
bens. Porque tudo na sua vida era uma estrada. E a estrada não exigia
dinheiro, mansões, roupas caras ou joias brilhantes. A estrada só pedia
uma coisa.
A sua alma. Nua e crua.
(Lucas Panzarini)
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