sexta-feira, 1 de maio de 2015

um breve ode à estrada.

Subiu na moto e partiu. Levou só uma jaqueta de couro, seus óculos escuros e todas as suas mágoas. E a estrada o acolhia como a mãe acolhe o filho. E o vento batia no peito e o sol refletia no asfalto e a estrada tinha cheiro de liberdade. O coração batia forte enquanto as pesadas botas misturavam o leve cheiro de couro à gasolina e óleo de motor. E os pneus contra o chão e o vento contra os cabelos negros e a chuva contra a barba e de repente era só ele e o mundo à sua volta.

E, mesmo longe de casa, se sentia mais em casa do que nunca.


(Lucas Panzarini)

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