segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

seu, Lobo.

cada vez que eu calço minhas botas
visto meus jeans e subo na moto
involuntariamente o caminho da tua casa
é o primeiro que me vem à mente
e sempre que eu peço alguma coisa pra beber
eu quase olho pro lado e pergunto se você quer algo
e aí eu lembro que não tem ninguém ali
só uma memória bonita que me deixa triste
eu olho o céu no fim de tarde
e me pergunto se você também tá olhando pro céu
e isso me conforta um pouco
porque de alguma forma você está ali
em algum lugar, de alguma forma
e cada vez que eu escrevo e canto
pego o violão e arranho um acorde
é tudo um emaranhado de memórias e sinais
que começam e terminam nos teus cabelos cor de cobre
e toda vez que eu saio de casa
e respiro fundo depois de terminar meu último cigarro
é sempre na esperança de sentir o teu perfume
nem que fosse uma última vez
antes de voltar pro meu quarto
e me perder mais uma vez em lembranças
eu nunca gostei dessa coisa de destino
sempre tive medo de depender de fatores externos
mas quem sabe paulo coelho tivesse razão
e algumas coisas, muitas poucas coisas
estivessem realmente escritas nas estrelas
que de noite brilhavam
igual seus olhos brilhavam
igual meus olhos brilhavam
quando a gente ainda era feliz
quando a gente ainda era feito de amor.

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