Um sono inquieto, profundo, desesperador. Sonhos escuros,
confusos, enigmáticos. Foi quase uma benção quando o telefone tocou. Levantou
cambaleante, tropeçando nas roupas jogadas pelo quarto fedendo a cigarro. O
cheiro forte de álcool impregnava o ambiente, quase como se fizesse parte dele.
Tropeçando pelos cômodos, se escorando nas paredes, finalmente chegou à cozinha
do pequeno apartamento. A embriaguez da
noite passada dera lugar à uma forte ressaca e uma estranha amnésia. Lembrava
de pouquíssimo do que havia acontecido. Lembrava de algumas luzes fortes,
gritos, a sensação do metal frio contra a pele quente e um estalar de ossos. E
o cheiro de sangue.
Sorriu.
Havia sido uma noite e tanto.
(Lucas Panzarini)
(Lucas Panzarini)
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