segunda-feira, 2 de março de 2015

breve dissertação sobre um grave caso de psicopatia seguido de amnésia.



Um sono inquieto, profundo, desesperador. Sonhos escuros, confusos, enigmáticos. Foi quase uma benção quando o telefone tocou. Levantou cambaleante, tropeçando nas roupas jogadas pelo quarto fedendo a cigarro. O cheiro forte de álcool impregnava o ambiente, quase como se fizesse parte dele. Tropeçando pelos cômodos, se escorando nas paredes, finalmente chegou à cozinha do pequeno apartamento.  A embriaguez da noite passada dera lugar à uma forte ressaca e uma estranha amnésia. Lembrava de pouquíssimo do que havia acontecido. Lembrava de algumas luzes fortes, gritos, a sensação do metal frio contra a pele quente e um estalar de ossos. E o cheiro de sangue. 

Sorriu.
Havia sido uma noite e tanto.



(Lucas Panzarini)

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