domingo, 1 de março de 2015

você.

eu era cerveja, whisky e um mi menor desafinado
você era martini, água mineral e cigarro mentolado
eu era xadrez, calos na mão e uma faca amolada
você era consciência, meio sã e meio desvairada

eu era uma briga no bar e ao mesmo tempo poesia
você era tão blues, tão forte e melancolia
eu era acordar no meio da noite e ter na cabeça um inferno
você era tão edredom e aquecedor no auge do inverno

eu era tão jazz em clubes escuros e esfumaçados
você era tão sorte, mexendo suas cartas e jogando os dados
você era tão mistério, tudo aquilo que se olha e não se vê
e eu era tão necessidade de decifrar o mistério que era você



(Lucas Panzarini)

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